Uma equipe de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá até a China inspecionar in loco as fábricas que estão preparando as vacinas contra a Covid-19.
Segundo a coluna apurou, a ideia é que a equipe de inspeção comece os trabalhos no início de dezembro, e demore 30 dias para realizá-los – 15 dias isolados no hotel (que começarão em meados de novembro) após chegar ao país asiático, por exigência do governo chinês, e mais 15 diretamente nas fábricas, a partir do dia 1º do último mês do ano.
Um dos laboratórios que será inspecionado, de acordo com a programação ainda em preparação na Anvisa, é o do Sinovac Biotech, que recentemente gerou uma crise de grandes proporções no governo Jair Bolsonaro.
O presidente afirmou que não iria adquirir a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa, um dia após o Ministério da Saúde anunciar a intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina.
O chefe da pasta, general Eduardo Pazuello, acabou desautorizado publicamente e o governador de São Paulo, João Doria, desafeto político de Bolsonaro, atacado mais uma vez durante a pandemia.
A coluna procurou a Anvisa no início da tarde desta quarta-feira, 28, sobre a viagem dos técnicos da Anvisa. A resposta foi enviada há pouco:
“As inspeções internacionais fazem parte da atividade da Anvisa e são fundamentais para a avaliação de plantas fabris que fornecem medicamentos com registro no Brasil.
No contexto das pesquisas por vacinas contra o Covid-19, a Anvisa está em processo de certificação das plantas fabris das vacinas de Oxford e da Sinovac/Butantan.
O processo de liberação de inspetores para a inspeção das fábricas está em andamento na Anvisa.
A Certificação de Boas Práticas é uma avaliação in loco das condições e processos da linha de produção de um medicamento ou vacina e tem como objetivo verificar o cumprimento de critérios de qualidade essenciais para um medicamento. A Certificação é um pre-requisito para que um medicamento esteja no mercado”.