Após quase três anos foragido, Lindomar Reges Furtado, um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, foi preso neste domingo (2/2) em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Para dificultar sua identificação, ele passou por uma série de procedimentos estéticos, incluindo harmonização facial, implantes capilares e lentes dentárias, além de utilizar documentos falsos e adotar um novo nome.
Vida de luxo e fuga cinematográfica
Em 2022, Lindomar foi alvo da Operação Turfe, da Polícia Federal, enquanto morava em um condomínio de luxo em Hernandárias, no Paraguai. Na ocasião, ele conseguiu escapar apenas 50 segundos antes da chegada dos agentes, conforme registrado pelas câmeras de segurança. Sua esposa, que também era procurada, se entregou às autoridades em 2024 e atualmente cumpre medidas cautelares com tornozeleira eletrônica.
No momento da prisão no Rio de Janeiro, Lindomar levava uma vida discreta, cercado de luxo e bens de alto valor. Durante a abordagem, a Polícia Federal apreendeu R$ 55 mil em espécie, joias e documentos falsos.
Tráfico internacional e lavagem de dinheiro
Lindomar comandava uma organização criminosa internacional, responsável por importar cocaína da Bolívia, do Peru e da Colômbia para o Brasil, de onde a droga era enviada para a Europa. O grupo utilizava a técnica rip-on rip-off, escondendo entorpecentes em contêineres de cargas legítimas.
Ao longo das investigações, a Polícia Federal apreendeu mais de oito toneladas de cocaína e aproximadamente R$ 11 milhões em bens e valores ligados à organização criminosa. O traficante também utilizava o mercado de cavalos de corrida para lavar dinheiro, comprando e vendendo animais de alto valor no turfe para dar aparência legal aos lucros obtidos com o tráfico.
Agora, Lindomar está preso à disposição da Justiça, respondendo pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e contrabando.
