Na última segunda-feira (4), a Câmara de Vereadores de Florianópolis foi palco de uma decisão que dividiu opiniões e gerou controvérsias. O vereador Maikon Costa, filiado ao PL, teve seu mandato cassado por uma votação que obteve 17 votos a favor e 4 contrários. A cassação foi fundamentada em uma denúncia feita pelo suplente Sargento Matos, também do PL, que alegou que Maikon teria impedido o exercício de suas funções legislativas durante um período de 30 dias, quando assumiu temporariamente o cargo por licença do titular.
Maikon Costa, conhecido por sua postura de oposição ao prefeito Topázio Neto, do PSD, não se calou diante da decisão da Câmara. Durante seu último discurso na tribuna, ele expressou sua crença de que a cassação foi motivada por questões políticas, afirmando: “Cassamos um vereador pelo excesso, cassamos um vereador porque ele fala demais”. Suas palavras refletiam sua indignação diante do que considerava ser uma perseguição política.
Após a votação, a advogada de Maikon, Julia Vergara, anunciou que irá examinar junto ao cliente a possibilidade de recorrer da decisão nos tribunais. Ela argumenta que a cassação foi resultado de elementos externos ao processo e criticou a suposta violação do direito de defesa durante o interrogatório. Segundo Vergara, a defesa foi impedida de apresentar argumentos cruciais para o caso, o que prejudicou o devido processo legal.
Ao final da sessão, Maikon Costa agradeceu à sua advogada pelo empenho e dirigiu-se aos seus apoiadores, demonstrando sua determinação em seguir lutando por suas convicções políticas, mesmo diante dos obstáculos. A cassação do mandato não abalou sua vontade de continuar representando seus eleitores e lutando por seus ideais.